Sobre
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Quem sou eu, “Quem é você?”
Bom! Eu preciso me apresentar contanto para você, de forma bem abreviada, porque eu estou aqui, e como cheguei até aqui. Isso é importante para mim, acredito que também para você. Pois não quero me apresentar com um diploma, títulos, eles vieram depois. Quero me apresentar com o contexto da realidade do homem que me tornei, em uma história que me construiu dia após dia para um propósito. Acredite! Isso nos aproxima: a nossa história.
Vem comigo!
Nascido de uma família tradicional, fui um dentre cinco filhos. Meu pai era um exímio artesão marceneiro, e minha mãe trabalhava como autônoma, mas ao longo do nosso convívio optou mais por ser dona de casa. Prefiro o termo, trabalhadora do lar. Tínhamos um lar dicotômico. Onde de um lado, experienciávamos momentos agradáveis, algumas demonstrações de carinho e afeto, porém, por outro lado, vivíamos constantes desconfortos das contendas entre os meus pais, que gradualmente foram se intensificando à medida que o tempo passava. O meu pai era portador de uma doença que eu só pude compreender com propriedade depois de adulto. A minha formação possibilitou isso, sobretudo a minha experiencia profissional. O meu pai era alcoólatra, porém esse não era exatamente o seu problema. O meu pai era portador de uma doença chamada adicção. Eu sei, talvez você nunca tenha visto/ouvido falar nesse termo antes, mas estarei explicando profundamente nos cursos que promovo neste canal.
O meu pai era um homem isolado, “sempre” calado, com comportamento que demonstrava grande dificuldades com os sentimentos/emoções, e quanto mais isso se intensificava (isolamento e silencio), mas apresentava necessidade de fumar cigarros e usar álcool. Presenciei inúmeras vezes meu pai fumando sozinho olhando para o horizonte, geralmente em momento de crise financeira e/ou de relacionamento. Quando eu já era adolescente e percebia, chegava a perguntar: “o que foi pai?”. Porém a repostava costumava ser a mesma: “nada não meu filho”. Geralmente quando estava assim buscava também se refugiar na bebida. Dos meus irmãos eu era o mais próximo do meu pai, para onde ele ia eu costumava o acompanhava. Homem simples, pautado em muitos princípios e valores, bons ensinos, o meu pai foi perdendo o seu brilho, seu equilíbrio em todas as áreas da vida a mediada que o tempo passava. Como a doença da adicção é uma doença progressiva, gradualmente meu pai se isolava, apresentava maior descontrole emocional/comportamental e mais ânsia pelo consumo de álcool.
Com tantos problemas, como acima falei, em todas as áreas da vida, minha mãe, uma guerreira que palavras não conseguem descrever, não suportou o descontrole constante no nosso lar. Optando pela sua integridade e a paz tão almejada por todos nós, resolveu se separar do meu pai. Na época eu tinha cerca de 15 anos, nunca havia sido reprovado na escola, mas naquele ano com esse contexto de problemas não tinha maturidade emocional para lidar com tudo isso e fui reprovado, esse fato me marcou muito. Na época era o que chamávamos de quinta série do ensino fundamental.
Em meio a tudo isso passei a me tornar um jovem mais retraído e em minhas reflexões com certa frequência eu me perguntava quem eu seria, e essa pergunta seguia em minha cabeça a se aprimorar, queria responder na verdade “quem sou eu?”. Precisava entender a mim mesmo e os meus propósitos de vida. Tinha certeza somente de uma coisa: queria ser feliz, realizado profissionalmente e ter uma família diferente daquela que eu tive. E que a minha futura profissão fosse voltada a ajudar pessoas.
Tudo isso escrito acima, contém nas entrelinhas detalhes e experiências que compartilho nos cursos e nas palestras que promovo. Agregando maior valor e propriedade ao que estudei e passo adiante para as pessoas que procuram o Tércio da Luz Oliveira, psicólogo.
Fui militar aos 18 anos de idade, no dia 01 de março de 2007, servindo as forças armadas durante 8 anos. Me formei no período que trabalhava, e construí gradualmente uma linda formação cheia de experiencias agradáveis e de extremo aprendizado, concluindo minha formação em dezembro de 2013. Nesse período da minha vida, tive que lidar com o agravamento da doença do meu pai, que também evoluiu para um quadro comórbido; com um corpo extremamente debilitado, meu pai desenvolveu também um câncer devastador de pele, que culminou na sua morte, fato ocorrido em dezembro de 2015.
Tive momentos extremamente desafiadores da minha vida que tive que viver. Hoje, consigo compreender que tudo fez parte de um proposito de preparação para o que hoje se realiza em minha vida, e venho compartilhar aqui com quem procura um profissional, que tem para além da academia e os livros ricos da formação, uma experiencia empírica.
Como psicólogo clínico, trabalho há anos na clínica particular e me inclinei também para o trabalho junto as comunidades terapêuticas para o tratamento dos problemas com álcool e outras drogas, bem como comportamentos compulsivos em geral. Foi aí quando procurei a especialização em psicopatologia e dependência química, em 2016.
Hoje sou um homem certo de “quem eu sou”, respondi e sigo respondendo a pergunta que tanto me fez refletir. Tenho ciência da necessidade de todas as coisas que passei e optei por construir para chegar até aqui como pessoa e profissional. Junto aos meus estudos, veio experiencias do conhecimento dia-a-dia, para superar demandas do contexto em que acabo de relatar.
Sou casado, pai de uma filha, tenho uma família a qual amo profundamente.
E se você me acompanhou nestas palavras até aqui, espero ter apresentado nas informações que contextualizam quem eu sou. Mas agora eu gostaria de te fazer uma pergunta: Quem é você?
Para além de um nome, quero saber quem é você. Sua história, seu proposito de vida. Quero e posso te ajudar. Me identifico muito com uma frase do Viktor Frankl: “Encontrei o significado da minha vida, ajudando os outros a encontrarem o sentido das suas vidas.”
Quem é você?
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